18 de dezembro de 2009

E já é quase Natal...


Este nicho, que a Marta fotografou, podia ser o presépio do Menino Jesus de que Alberto Caeiro fala neste pequeno excerto que seleccionei para vos desejar:


Bom Natal,
Boas Férias!


Ele mora comigo na minha casa a meio do outeiro.
Ele é a Eterna Criança, o deus que faltava.
Ele é o humano que é natural.
Ele é o divino que sorri e que brinca.
E por isso é que eu sei com toda a certeza
Que ele é o Menino Jesus verdadeiro.


Alberto Caeiro, heterónimo de Fernando Pessoa



Fotografia de Sintra/Regaleira, enviada pela Marta, 12º B

8 de dezembro de 2009

Trabalhos dos alunos



À semelhança do que fiz no ano anterior, começo hoje a publicar, no blogue "aqui ao lado", os trabalhos dos alunos. 


Recomendo a sua consulta, uma vez que podem ajudar à preparação do teste.






6 de dezembro de 2009

A Ilha dos Amores



Quando a armada de Vasco da Gama deixa Calecute, Vénus decide premiar os Portugueses e conduzi-los à Ilha dos Amores, episódio que se torna dos mais célebres de Os Lusíadas.
A cena é explícita: um grupo de marinheiros chega a uma ilha desconhecida, estão cansados, a ilha está repleta de belas ninfas que, rapidamente, sucumbem aos desejos dos marinheiros.






Esta imagem (da web) ilustra a alegoria do conhecimento, de elevação e de perenidade: Tethys mostra a Vasco da Gama, na "Máquina do Mundo" (Canto X), os lugares onde os Portugueses hão-de praticar grandes feitos.


Simbologia do episódio da Ilha dos Amores:
  • justa recompensa dos deuses para os marinheiros;
  • exaltação da beleza e da perfeição do corpo, de acordo com o ideal renascentista;
  • alegoria de sentido: a imortalidade dos feitos simbolizada pela união dos homens às deusas;
  • alegoria do Amor como motor do conhecimento, da acção e do destino dos homens na terra: o Amor é a única força capaz de devolver ao mundo a harmonia perdida, representa o mais alto grau de perfeição a que a imperfeita condição humana pode aspirar; 
  • valorização da diversidade amorosa, fruto da experiência do poeta: conhece mulheres de todo o mundo e práticas amorosas que ignoram os códigos europeus;
  • celebração,  através do amor, de uma espécie de multiculturalidade: para Camões não existem fronteiras de raça, de cultura ou de classe.
.

3 de dezembro de 2009

Banco de Poesia


Casa Fernando Pessoa


                
                                                                                                    
                        
                    Consultar Banco de Poesia
 Muitos poetas, muitos poemas, disponibilizados pelo site da Casa Fernando Pessoa.

25 de novembro de 2009

Para reflectir


.
O sujeito poético, em contraponto com a ideologia constante do poema épico:
  • Não é herói: é simplesmente um homem, um anti-herói, para quem o mar e a guerra são locais de provação e não de exaltação de coragem: "Agora o mar, agora experimentando/Os perigos Mavórcios inumanos"(est. 79);
  • Nada lhe é dado nem reconhecido, em termos de recompensa, como acontece com os heróis: "A troco dos descansos que esperava/ Das capelas de louro que me honrassem/ Trabalhos nunca usados me inventaram"(est. 81);
  • É votado ao esquecimento, ao contrário da imortalidade com que coroa os seus heróis: "tamanhas misérias", "em tão duro estado me deitaram"(est. 81).

"Mísera sorte, estranha condição!"(Canto IV, est. 104) -- palavras anteriormente proferidas pelo Velho do Restelo, a propósito da desmedida ambição humana e que aqui se adequam ao estado de espírito amargo e desiludido do sujeito poético.


.Fotografia de ilustração de Os Lusíadas do saudoso amigo e colega Arqt. Eduardo Bairrada
.

24 de novembro de 2009

As reflexões do Poeta

.
A armada portuguesa chegou, finalmente, a Calecute e, antes de se iniciar outra narrativa sobre as figuras das bandeiras que representam personagens históricas importantes, o sujeito poético (Camões) faz como que uma pausa para dar voz a si próprio, a reflexões e críticas de carácter social e político e confidências quase íntimas.

Canto VII

78
Um ramo na mão tinha... Mas, ó cego!
Eu, que cometo insano e temerário,
Sem vós, Ninfas do Tejo e do Mondego,
Por caminho tão árduo, longo e vário!
Vosso favor invoco, que navego
Por alto mar, com vento tão contrário,
Que, se não me ajudais, hei grande medo
Que o meu fraco batel se alague cedo.

Volta a pedir inspiração , tal como no Canto I, às Tágides e ninfas do Mondego para que o ajudem no que ele apelida metaforicamente de "caminho árduo, longo e vário", contra tantos obstáculos que se levantam e que, sozinho, não tem meios de enfrentar, porque o "batel é fraco".


79
Olhai que há tanto tempo que, cantando                           ||| A metáfora da vida como
O vosso Tejo e os vossos Lusitanos,                                         "peregrinação".
A fortuna me traz peregrinando,
Novos trabalhos vendo, e novos danos:                             |||A conjunção coordenativa
Agora o mar, agora experimentando                                      disjuntiva: agora=ora.
Os perigos Mavórcios inumanos,
Qual Canace, que à morte se condena,
Numa mão sempre a espada, e noutra a pena.

80
Agora, com pobreza avorrecida,
Por hospícios alheios degradado;
Agora, da esperança já adquirida,
De novo, mais que nunca, derribado;
Agora às costas escapando a vida,
Que dum fio pendia tão delgado                                       ||| A metáfora da "vida por um fio".
Que não menos milagre foi salvar-se
Que para o Rei Judaico acrescentar-se.

81
E ainda, Ninfas minhas, não bastava                                  ||| A apóstrofe às Ninfas.
Que tamanhas misérias me cercassem,
Senão que aqueles, que eu cantando andava
Tal prémio de meus versos me tornassem:                         ||| A ironia amarga: "tal prémio".
A troco dos descansos que esperava,
Das capelas de louro que me honrassem,                           ||| A antítese: "descansos"#"trabalhos".
Trabalhos nunca usados me inventaram,
Com que em tão duro estado me deitaram.


A sua vida tem sido como que uma "peregrinação", pelo mar, na guerra, mas sem desistir nunca da escrita ( "a espada e a pena").
Sempre pobre, ora arriscando a vida, ora recuperando a esperança. Mas, principalmente, a amargura de não ver a sua obra reconhecida e sentir que lhe infligiam punições, quando esperaria "capelas de louro", a recompensa e coroação devidas ao Poeta!
(Continua)


16 de novembro de 2009

No dia do seu aniversário...

.
...deixo aqui um poema de José Saramago:
(reparem no título!!)

Fala do Velho do Restelo ao Astronauta

Aqui, na Terra, a fome continua,
A miséria, o luto, e outra vez a fome.

Acendemos cigarros em fogos de napalme
E dizemos amor sem saber o que seja.
Mas fizemos de ti a prova da riqueza,
E também da pobreza, e da fome outra vez.
E pusemos em ti sei lá bem que desejo
De mais alto que nós, e melhor e mais puro.

No jornal, de olhos tensos, soletramos
As vertigens do espaço e maravilhas:
Oceanos salgados que circundam
Ilhas mortas de sede, onde não chove.

Mas o mundo, astronauta, é boa mesa
Onde come, brincando, só a fome,
Só a fome, astronauta, só a fome,                                                           
E são brinquedos as bombas de napalme.
Imagem da web

15 de novembro de 2009

«Os Lusíadas»: uma visão multidisciplinar

.
Em suporte audiovisual, de elevada qualidade científica, deixo-vos os "documentos" que encontrei.













11 de novembro de 2009

Heróis e Mitos: o Adamastor



A partir do trabalho de colegas vossos (Beatriz e João do 12ºB), fiz um Powerpoint onde se destacam, de um modo esquemático, as funções do herói e do mito, em particular, o Gigante Adamastor:




10 de novembro de 2009

A mitologia em «Os Lusíadas»


De alguns dos trabalhos que me enviaram, retirei tópicos que me parecem úteis para a recapitulação de alguns conteúdos, neste caso, a função da mitologia em Os Lusíadas:



Obedece às regras da epopeia clássica: conter um plano mitológico com os deuses da sua civilização, e tal acto apenas revela o enorme conhecimento e a profunda admiração que Camões nutria pela Antiguidade Clássica;


• Assegura a acção interna do poema épico ao opor deuses e humanos, possibilitando a demonstração de emoções sem por isso enfraquecer o seu poder;



Embeleza a intriga, tornando a obra mais do que um especial relato de viagem, e criando um outro ponto de interesse sem porém tirar a importância ao plano da narração; "enfeita", dando mais emoção à história, tornando-a mais uma espécie de “novela” do que apenas um “relatório”;                               

• Mostra que até mesmo os deuses conseguem exprimir sentimentos como o amor, ódio, inveja e sensualidade;                                                      

Imagem da web

Glorifica o povo português ao colocá-lo em cenários adversos criados pelos deuses, mas que ainda assim conseguem ser superados, criando uma comparação entre a força de ambos;


• Evidencia a grandeza dos feitos portugueses como: vencer o mar (Neptuno), ultrapassar o gigante Adamastor e vencer as guerras (Marte);

• Demonstra que os portugueses enquanto heróis são deuses, pois tornam-se  "imortais" pelos feitos praticados.

9 de novembro de 2009

A propósito da ida a Sintra....


No próximo dia 12, vão a Sintra.

Pensem, então, embora na perspectiva de quem fica, o que seria partir e, ao longo da costa, ir avistando alguns dos mais belos e sagrados locais, como é o caso da Serra de Sintra.  

Camões descreveu essa experiência de partir sem saber se se regressava, escrevendo sobre a Saudade ("Ficava-nos também na amada terra/O coração"):


«Já a vista pouco e pouco se desterra
Daqueles pátrios montes que ficavam;
Ficava o caro Tejo, e a fresca serra
De Sintra, e nela os olhos se alongavam.
Ficava-nos também na amada terra
O coração, que as mágoas lá deixavam;
E já depois que toda se escondeu,
Não vimos mais enfim que mar e céu.»

Canto V, estância 3





....Imagem da web


2 de novembro de 2009

Para ajudar a estudar:

.
Para estarem mais familiarizados com o modelo de teste sobre Os Lusíadas, disponibilizo aqui um teste formativo que devem imprimir e levar para a aula:



.

28 de outubro de 2009

Afonso Henriques: herói e mito.

.
Reparem como Fernando Pessoa, na Mensagem, recupera alguns dos temas de Os Lusíadas, dando-lhes uma nova "roupagem":

D. Afonso Henriques

Pai, foste cavaleiro.
Hoje a vigilia é nossa.
Dá-nos o exemplo inteiro
E a tua inteira força!

Dá, contra a hora em que, errada,
Novos infieis vençam,
A benção como espada,
A espada como benção!

Fernando Pessoa, A Mensagem
 
Afonso Henriques é o símbolo do herói e do mito que representam a formação e a continuidade de Portugal. Compete aos Portugueses de hoje recuperarem o exemplo do rei fundador ("Pai") e romperem a espécie de apatia em que se vive ("hora errada"). É necessário "vencer esses novos infiéis" com uma espada que simboliza a acção. E não esquecer que Cristo lançou a sua "benção"sobre a Nação portuguesa (milagre de Ourique).

26 de outubro de 2009

A batalha de Ourique: um esboço de análise

.
Apresento, agora, um exemplo de análise de um dos episódios de Os Lusíadas e as "linhas" temáticas que podemos explorar. Faço-o de maneira esquemática para se tornar mais "legível".

Um dos episódios lido em aula foi o da Batalha de Ourique (Canto III, estâncias 42 a 54).

É um episódio bélico, cujo tema é uma das batalhas mais emblemáticas da nossa história e da nossa importância como Nação.

Porque:
  1. o exército português é comandado por D. Afonso Henriques, primeiro Rei de Portugal que, com esta batalha, legitimamente conquistou esse direito;
  2. o exército português teve a coragem de enfrentar Cinco Reis Mouros e numa (des)proporção de um para cem;
  3. assim sendo, o facto de terem vencido essa batalha e derrotado estrondosamente os Sarracenos confere aos Portugueses uma maior heroicidade;
  4. essa vitória foi alcançada com a “cumplicidade” de Deus, uma vez que Cristo na Cruz se mostrou a Afonso Henriques;
  5. deste modo, a nação portuguesa ganha também um estatuto de nação “eleita” por Deus, o que adivinhava que os portugueses estariam predestinados a cumprir uma missão gloriosa e abençoada;
  6. essa missão revelar-se-ia mais tarde, quando os portugueses partiram para os Descobrimentos para espalhar a fé cristã;
  7. e essa missão cumpriu-se, através da dilatação do Império e da propagação da Religião;
  8. a importância deste feito bélico ficará, simbolicamente, marcado na bandeira, símbolo da nacionalidade, através das cinco quinas, as cinco chagas de Cristo.
Afonso Henriques é um dos estereótipos do herói individual e representa o herói colectivo que Camões se propõe "cantar": o Povo Português!
.

21 de outubro de 2009

Os Lusíadas, Proposição: uma proposta de leitura.

1
As armas e os barões assinalados,
Que da ocidental praia Lusitana,
Por mares nunca de antes navegados,
Passaram ainda além da Taprobana,
Em perigos e guerras esforçados,
Mais do que prometia a força humana,
E entre gente remota edificaram
Novo Reino, que tanto sublimaram;

2
E também as memórias gloriosas
Daqueles Reis, que foram dilatando
A Fé, o Império, e as terras viciosas
De África e de Ásia andaram devastando;
E aqueles, que por obras valerosas
Se vão da lei da morte libertando;
Cantando espalharei por toda parte,
Se a tanto me ajudar o engenho e arte.

3
Cessem do sábio Grego e do Troiano
As navegações grandes que fizeram;
Cale-se de Alexandro e de Trajano
A fama das vitórias que tiveram;
Que eu canto o peito ilustre Lusitano,
A quem Neptuno e Marte obedeceram:
Cesse tudo o que a Musa antiga canta,
Que outro valor mais alto se alevanta.


Luís de Camões, Os Lusíadas, Canto I
__________________________________________________________________________________


Esta é a Proposição, as 3 primeiras estâncias de Os Lusíadas, onde o sujeito poético apresenta, resumidamente, o assunto de todo o poema. É o seguinte:


"Cantando", isto é, exaltando e usando o género épico, tentará proclamar e dar a conhecer ao mundo:
  • "as armas e os barões": as batalhas e os homens notáveis ("assinalados") que tiveram a coragem de navegar mares desconhecidos e tentar ultrapassar os seus próprios limites humanos ("mais do que prometia a força humana") para alargarem as fronteiras em locais longínquos;
  • "as memórias dos reis" que lutaram para expandir a Fé cristã em África e na Ásia;
  • a "memória" de todos os que, pelos feitos praticados, nunca mais serão esquecidos, imortalizando o seu nome e o de todos os portugueses ("libertar da lei da morte").
Assim sendo, todos os antigos poemas épicos e heróis (Ulisses, Eneias, Alexandre...) "nada" valem, porque outros heróis e outros feitos os ultrapassaram e aqueles cairão no esquecimento. Os próprios deuses se renderam aos portugueses, o que simboliza o heroísmo que manifestaram na guerra (Marte) e no mar (Neptuno).

Recursos estilísticos predominantes:
  • sinédoque: "ocidental praia lusitana" em vez de Portugal (a parte em vez do todo);
  • hipérbole: "mais do que prometia a força humana" (exagero da realidade);
  • metáfora e perífrase: "se vão da lei da morte libertando"= tornam-se imortais.
Análise formal: estrofes (estâncias) de 8 versos, oitavas; rima cruzada e emparelhada (abababcc); cada verso tem 10 sílabas métricas (decassilábico): «as/ar/mas/e os/ba/rões/a/ssi/na/la/dos».

Destaco, agora, alguns conectores do discurso:
  • "e também": aditivo;
  • "que eu canto o peito ilustre[...]": causal.

20 de outubro de 2009

Não só Autores do Programa...

.
Encontrei este poema lindíssimo de Miguel Torga, que não conhecia. Os comentários deixo-os ao vosso critério!

Poema Melancólico a não sei que Mulher

Dei-te os dias, as horas e os minutos
Destes anos de vida que passaram;
Nos meus versos ficaram
Imagens que são máscaras anónimas
Do teu rosto proibido;
A fome insatisfeita que senti
Era de ti,
Fome do instinto que não foi ouvido.

Agora retrocedo, leio os versos,
Conto as desilusões no rol do coração,
Recordo o pesadelo dos desejos,
Olho o deserto humano desolado,
E pergunto porquê, por que razão
Nas dunas do teu peito o vento passa
Sem tropeçar na graça
Do mais leve sinal da minha mão...

Miguel Torga, in 'Diário VII'
.

19 de outubro de 2009

Antes de Camões...


Luís de Camões é o primeiro escritor do programa deste ano, com a sua obra épica, Os Lusíadas.
No entanto, antes de escrever aqui alguma coisa sobre ele, gostaria que lessem alguns poemas de outros poetas que, em discurso lírico, assim manifestaram a sua admiração pelo homem e pela obra. Vários são os exemplos: Jorge de Sena, Miguel Torga e, como é óbvio, o próprio Fernando Pessoa que nos ocupará depois.

Destaco, em jeito de apresentação, um poema de Miguel Torga:

Camões

Nem tenho versos, cedro desmedido,
Da pequena floresta portuguesa!
Nem tenho versos, de tão comovido
Que fico a olhar de longe tal grandeza.

Quem te pode cantar, depois do Canto
Que deste à pátria, que to não merece?
O sol da inspiração que acendo e que levanto
Chega aos teus pés e como que arrefece.

Chamar-te génio é justo, mas é pouco.
Chamar-te herói, é dar-te um só poder.
Poeta dum império que era louco,
Foste louco a cantar e louco a combater.

Sirva, pois, de poema este respeito
Que te devo e professo,
Única nau do sonho insatisfeito
Que não teve regresso!

Breve comentário: Sempre o "canto", a grandeza, pátria, herói, génio, império, loucura, combate, poeta, nau, sonho, como topoi ("tópicos") de textos que se relacionam com Camões e Os Lusíadas.

15 de outubro de 2009

Renascimento: uma nova visão do Homem e do Mundo


O Renascimento surge em Itália, onde eram mais visíveis as marcas de uma civilização brilhante que, por todo o lado, evidenciava o esplendor da Antiguidade.
  • apreço e admiração pela Antiguidade Clássica, mas sem entrar em ruptura com a Fé Cristã;
  • relevo dado ao Homem, destacando o seu poder de criação, a sua inteligência e a sua capacidade de realização individual;
  • a Antiguidade torna-se um modelo a imitar: nos ideais de vida, de cultura e de civilização;
  • estudo aprofundado dos seus Autores, numa procura incessante de Saber: só assim se poderia conhecer melhor o Homem e a sua natureza;
  • importância dos Humanistas, uma nova aristocracia intelectual, que adoptaram o latim como veículo de expressão e de comunicação.
Em Portugal, viveu-se uma época brilhante, no reinado de D. João III (século XVI):
  • humanistas portugueses que ensinam nas universidades estrangeiras;
  • humanistas estrangeiros que são convidados a ensinar em Portugal.
Foram estes Homens que, percorrendo toda a Europa, fizeram circular ideias e, sobretudo, o «novo mundo» que os Descobrimentos desvendaram.
.

6 de outubro de 2009

Programa do 12º Ano:

.
Apresento-vos os conteúdos programáticos do 12º Ano:

  • Luís de Camões, Os Lusíadas;
  • Fernando Pessoa, Mensagem e poesia ortónima (assinada com o nome de Fernando Pessoa, ele próprio);
  • Heterónimos de Fernando Pessoa:
          -Alberto Caeiro, O guardador de rebanhos;
          -Ricardo Reis, Odes;
          -Álvaro de Campos;
  • Luís de Sttau Monteiro, Felizmente há luar;
  • José Saramago, Memorial do convento.
Para Fernando Pessoa, indico um endereço electrónico, onde é possível encontrar um grande
número de poemas do ortónimo e heterónimos. Ver AQUI.

2 de outubro de 2009

Começar no Outono...


Início das aulas, início de mês, início do Outono...
Este ano, lecciono três turmas do 12º Ano. Projecto novo, novo blogue.

O que está ali "ao lado", o AAamo-Te, acompanhou-me ao longo de 2 anos de 11º Ano e foi
um desafio que me encheu de orgulho e satisfação! Com ele aprendi, com ele ensinei...

E que melhor intróito para um novo Ano, que a música?? 
O resto ficará para depois, vai-se construindo, pouco a pouco...
Que seja um Bom Ano para todos nós!



Balada de Outono, Zeca Afonso