9 de dezembro de 2013

Ricardo Reis: poeta da serenidade racional

Ricardo Reis é o heterónimo que teve uma formação clássica  e isso reflete-se na sua poesia, nomeadamente, através da  filosofia que procura transpor para a vida: o Estoicismo e o Hedonismo.


Serigrafia de Osório
Os Deuses, o Destino, o Fatum (Fado) provavelmente divertem-se com o sofrimento que o Homem vive no seu quotidiano, até porque não lhe é concedido conhecer o futuro: a morte nunca sabe quando chegará.

A única maneira, estóica, que o Homem tem de se libertar destas limitações e do divertimento dos Deuses, é não criar laços afetivos: se não se ligar a ninguém, quando morrer, ninguém vai sofrer ou lamentar a sua morte e, por outro lado, ele próprio não sofrerá com a perda de alguém. É uma imperturbabilidade de desafio ao Destino.
 
"Ao menos, se for sombra antes, lembrar-te-ás de  mim depois 
Sem que a minha lembrança te arda ou te fira ou te mova,
Porque nunca enlaçamos as mãos, nem nos beijamos
Nem fomos mais do que crianças."

Por outro lado, adota uma atitude filosófica epicurista: viver o momento, o presente, como se fosse o último e o único, carpe diem, fingindo (sempre o fingimento!!) que não se preocupa com o futuro, desfrutando dos prazeres calmos e serenos, mas intensos -"Nada se sabe, tudo se imagina./Circunda-te de rosas, ama, bebe/ E cala. O mais é nada."- desse momento irrecuperável, porque não se repetirá:

"Vem sentar-te comigo Lídia, à beira do rio.
Sossegadamente fitemos o seu curso e aprendamos
Que a vida passa.(...)"
 
A linguagem e o estilo:

A linguagem e o estilo são eruditos, de acordo com as influências clássicas.
-A construção da frase é requintada, com o uso de muitas inversões da ordem das palavras na frase: anástrofes e hipérbatos: "essas volucres, amo, Lídia, rosas".
-Uma das figuras de estilo mais utilizadas é o eufemismo, porque o sujeito poético quer suavizar a realidade crua: "se for sombra antes..." (=morrer).
Usa também a antítese e paradoxo: "nem cumpre o que deseja[o destino]/ nem deseja o que cumpre..."; a personificação, principalmente relacionada com o Destino.

A forma: poemas com uma estrutura regular, estrofes com o mesmo número de versos, versos de 10/6 sílabas métricas (podem variar); não usa a rima, verso branco.-

8 de dezembro de 2013

Quantas pessoas cabem em Fernando Pessoa?

Foto de um quadro da ARCO, 2010



Fernando Pessoa não para de surpreender. As mais recentes investigações revelam que na obra do poeta há afinal 136 personagens ficcionais, muitas mais que os heterónimos conhecidos até agora.


29 de novembro de 2013

27 de novembro de 2013

Álvaro de Campos: o Poeta Excessivo

Álvaro de Campos é um engenheiro de máquinas: "À dolorosa luz das lâmpadas eléctricas tenho febre e escrevo...".
 

A Brasileira do Chiado

 
1. Fase do Opiário:

Com um único poema, "Opiário", dedicado a Mário Sá-Carneiro: o Oriente, o sonho, a tentativa de "esquecimento"-
«E eu vou buscar ao ópio que consola
Um Oriente ao oriente do Oriente.
[...]»
 
2. Fase Futurista:
Faz o elogio da civilização industrial e da técnica, das máquinas: -“Ó rodas, ó engrenagens, r-r-r-r-r-r eterno!”. Entra em rutura com o lirismo tradicional  de índole subjetiva. Pretende, de um modo excessivo, fazer a exaltação das máquinas, do Futuro, da civilização moderna, porque é com ela que se  atingirá a perfeição.
E o excesso é sensacionista, "excesso de sensações": "Sentir tudo de  todas as maneiras", de tal forma sentido que conduz a uma espécie de vertigem, em que já não se distingue o sofrimento do bem estar: “Rasgar-me todo, abrir-me completamente,/ tornar-me passento/ A todos os perfumes de óleos e calores e carvões...”. (in Ode Triunfal)

2. Fase Decadentista:
Os seus poemas exprimem uma profunda abulia, um tédio, um mal-de-vivre, a que o sujeito poético chama "cansaço", um "supremíssimo cansaço" e cuja causa ele não consegue identificar: "Não disto nem daquilo,/ Nem sequer de tudo ou de nada...". Essa abulia chega mesmo a exprimir-se como náusea:- "Que náusea de vida!" (in Dactilografia).
Neste momento, vive uma espécie de caos interior, que lhe provoca um profundo sofrimento:- "A minha alma partiu-se como um vaso vazio", uma fragmentação do eu:- "Sou um espalhamento de cacos sobre um capacho por sacudir". (in Apontamento).
Além disso, há a expressão de uma incompatibilidade entre a sua própria realidade e a realidade dos outros:- " Não: não quero nada./ Já disse que não quero nada." (in Lisbon revisited); uma recusa em viver o quotidiano que supostamente lhe querem impor, que resulta numa solidão existencial irremediável e procurada:- " Traço sozinho, no meu cubículo de engenheiro, o plano,/ Firmo o projecto, aqui isolado.(in Dactilografia).
O seu único refúgio é a evocação de uma memória de infância, vivida ou sonhada, como um tempo de felicidade irrecuperável, uma espécie de  paraíso perdido, que ele recorda com nostalgia:- "No tempo em que festejavam o dia dos meus anos,/ Eu era feliz e ninguém estava morto".( in Aniversário).
 
Linguagem e Estilo:
Exprimem o caos interior e o excesso, através de enumerações, repetições, anáforas, onomatopeias, aliterações: "Ó rodas, ó engrenagens, r-r-r-r-r eterno!" (in Ode Triunfal). Também o recurso a uma pontuação eufórica: exclamações, interrogações, apóstrofes, interjeições.
Para exprimir os seus estados de espírito "surpreendentes" e excessivos, usa metáforas, comparações: "Comer o passado como pão de fome, sem tempo de manteiga nos dentes!" (in Aniversário); para a expressão dos conflitos interiores, usa a antítese e/ou o paradoxo: "Nem sequer de tudo ou de nada:" (in Cansaço).
A forma é, igualmente, caótica: estrofes com número de versos variável, ora muito longas ora brevíssimas; os versos, do mesmo modo, têm um número variável de sílabas métricas, de acordo com o seu ritmo interior; não usa rima: verso branco.

18 de novembro de 2013

No Teatro D. Maria II

 
Fomos ver a peça "Pessoa, o grande ausente". E um dos textos ditos foi esta espantosa Carta  de um suposto heterónimo feminino, Maria José.

Átrio do Teatro
Aqui, por Maria do Céu Guerra:

A carta da Corcunda para o Serralheiro
Senhor António:
O senhor nunca ha de ver esta carta. Nem eu a hei de ver segunda vez porque estou tuberculosa, mas eu quero escrever-lhe ainda que o senhor o nao saiba, porque se não escrevo abafo.
O senhor não sabe quem eu sou, isto é, sabe mas não sabe a valer. Tem-me visto á janella quando o senhor passa para a officina e eu olho para si, porque o espero a chegar, e sei a hora que o senhor chega. Deve sempre ter pensado sem importância na corcunda do primeiro andar da casa amarella, mas eu não penso senão em si. Sei que o senhor tem uma amante, que é aquella rapariga loura alta e bonita; eu tenho inveja d’ella mas não tenho ciúmes de si porque não tenho direito a ter nada, nem mesmo ciúmes. Eu gosto de si porque gosto de si, e tenho pena de não ser outra mulher, com outro corpo e outro feitio, e poder ir á rua e fallar comsigo ainda que o senhor me não desse razão de nada, mas eu estimava conhecel-o de fallar.
O senhor é tudo quanto me tem valido na minha doença e eu estou-lhe agradecida sem que o senhor o saiba. Eu nunca poderia ter ninguem que gostasse de mim como se gosta das pessoas que teem o corpo de que se pode gostar, mas eu tenho o direito de gostar sem que gostem de mim, e tambem tenho o direito de chorar, que não se negue a ninguem.
Eu gostava de morrer depois de lhe fallar a primeira vez mas nunca terei coragem nem maneiras de lhe fallar. Gostava que o senhor soubesse que eu gostava muito de si, mas tenho medo que se o senhor soubesse não se importasse nada, e eu tenho pena já de saber que isso é absolutamente certo antes de saber qualquer coisa, que eu mesmo não vou procurar saber.
Eu sou corcunda desde a nascença e sempre riram de mim. Dizem que todas as corcundas são más, mas eu nunca quiz mal a ninguem. Alem d’isso sou doente, e nunca tive alma, por causa da doença, para ter grandes raivas. Tenho dezanove annos e nunca sei para que é que cheguei a ter tanta edade, e doente, e sem ninguem que tivesse pena de mim a não ser por eu ser corcunda, que é o menos, porque é a alma que me doe, e não o corpo, pois a corcunda não faz dor.
Eu até gostava de saber como é a sua vida com a sua amiga, porque como é uma vida que eu nunca posso ter – e agora menos que nem vida tenho – gostava de saber tudo.
Desculpe escrever-lhe tanto sem o conhecer, mas o senhor não vae ler isto, e mesmo que lesse nem sabia que era comsigo e nao ligava importancia em qualquer caso, mas gostaria que pensasse que é triste ser marreca e viver sempre só á janella, e ter mãe e irmãs que gostam da gente mas sem ninguem que goste de nós, porque tudo isso é natural e é a familia, e o que faltava é que nem isso houvesse para uma boneca com os ossos ás avessas como eu sou, como eu já ouvi dizer.
Houve um dia que o senhor vinha para a officina e um gato se pegou á pancada com um cão aqui defronte da janella, e todos estivemos a ver, e o senhor parou, ao pé do Manuel das Barbas, na esquina do barbeiro, e depois olhou para mim para a janella, e viu-me a rir e riu também para mim, e essa foi a unica vez que o senhor esteve a sós commigo, por assim dizer, que isso nunca poderia eu esperar.
Tantas vezes, o senhor não imagina, andei á espera que houvesse outra coisa qualquer na rua quando o senhor passasse e eu pudesse outra vez ver o senhor a ver e talvez olhasse para mim e eu pudesse olhar para si e ver os seus olhos a direito para os meus.
Mas eu não consigo nada do que quero, nasci já assim, e até tenho que estar em cima de um estrado para poder estar á altura da janella.. passo todo o dia a ver illustrações e revistas de modas que emprestam á minha mãe, e estou sempre a pensar noutra coisa, tanto que quando me perguntam como era aquella saia ou quem é que estava no retrato onde está a Rainha de Inglaterra, eu ás vezes me envergonha de não saber, porque estive a ver coisas que não podem ser e que eu não posso deixar que me entrem na cabeça e me dêem alegria para eu depois ainda por cima ter vontade de chorar.
Depois todos me desculpam, e acham que sou tonta, mas não me julgam parva, porque ninguem julga isso, e eu chego a não ter pena da desculpa, porque assim não tenho que explicar porque é que estive distrahida.
Ainda me lembro d’aquelle dia que o senhor passou aqui ao Domingo com o fato azul claro. Não era azul claro, mas era uma sarja muito clara para o azul escuro que costuma ser. O senhor ia que parecia o proprio dia que estava lindo e eu nunca tive tanta inveja de toda a gente como nesse dia. Mas não tive inveja da sua amiga, a não ser que o senhor não fosse ter com ella mas com outra qualquer, porque eu não pensei senão em si, e foi porisso que invejei toda a gente, o que não percebo mas o certo é que é verdade.
Não é por ser corcunda que estou aqui sempre á janella, mas é que ainda por cima tenho uma espécie de rheumatismo nas pernas e não me posso mexer, e assim estou como se fosse paralytica, o que é uma maçada para todos cá em casa e eu sinto ter que ser toda a gente a aturar-me e a ter que me acceitar que o senhor não imagina. Eu ás vezes dá-me um desespero como se me pudesse atirar da janella abaixo, mas eu que figura teria a cahir da janella? Até  quem me visse cahir ria e a janella é tam baixa que eu nem morreria, mas era ainda mais maçada para os outros, e estou a ver-me na rua como uma macaca, com as pernas á vela e a corcunda a sahir pela blusa e toda a gente a querer ter pena mas a ter nojo ao mesmo tempo ou a rir se calhasse, porque a gente é como é não como tinha vontade de ser.
(…)
- e emfim porque lhe estou eu a escrever se lhe não vou mandar esta carta? [texto não lido]
O senhor que anda de um lado para o outro não sabr qual é o peso de a gente não ser ninguem. Eu estou á janella todo o dia e vejo toda a gente passar de um lado para o outro e ter um modo de vida e gosar e fallar a esta e áquella, e parece que sou um vaso com uma planta murcha que ficou aqui á janella por tirar de lá.
O senhor não pode imaginar, porque é bonito e tem saude o que é a gente ter nascido e não ser gente, e ver nos jornaes o que as pessoas fazem, e uns são ministros e andam de um lado para o outro a visitar todas as terras, e outros estão na vida da sociedade e casam e teem baptizados e estão doentes e fazem-lhe operações os mesmos medicos, e outros partem para as suas casas aqui e alli, e outros roubam e outros queixam-se, e uns fazem grandes crimes e ha artigos assignados por outros e retratos e annuncios com os nomes dos homens que vão comprar as modas ao estrangeiro, e tudo isso o senhor não imagina o que é para quem é um trapo como eu que ficou no parapeito da janella de limpar o signal redondo dos vasos quando a pintura é fresca por causa da agua.
Se o senhor soubesse isto tudo era capaz de de vez em quando me dizer adeus na rua, e eu gostava de se lhe poder pedir isso, porque o senhor não imagina, eu talvez não vivesse mais, que pouco é o que tenho de viver, mas eu ia mais feliz lá para onde se vae se soubesse que o senhor me dava os bons dias por acaso.
A Margarida costureira diz que lhe fallou uma vez, que lhe fallou torto porque o senhor se metteu com ella na rua aqui ao lado, e essa vez é que eu senti inveja a valer, eu confesso porque não lhe quero mentir, senti inveja porque metter-se alguem comnosco é a gente ser mulher, e eu não sou mulher nem homem, porque ninguem acha que eu sou nada a não ser uma especie de gente que está para aqui a encher o vão da janella e a aborrecer tudo que me vê, valha me Deus.
O Antonio (é o mesmo nome que o seu, mas que differença!) o Antonio da officina de automoveis disse uma vez a meu pae que toda a gente deve produzir qualquer coisa, que sem isso não ha direito a viver, que quem não trabalha não come e não ha direito a haver quem não trabalhe. E eu pensei que faço eu no mundo, que não faço nada senão estar á janella com toda a gente a mexer-se de um lado para o outro, sem ser paralytica, e tendo maneira de encontrar as pessoas de quem gosta, e depois poderia produzir á vontade o que fosse preciso porque tinha gosto para isso.
Adeus senhor Antonio, eu não tenho senão dias de vida e escrevo esta carta só para a guardar no peito como se fosse uma carta que o senhor me escrevesse em vez de eu a escrever a si. Eu desejo que o senhor tenha todas as felicidades que possa desejar e que nunca saiba de mim para não rir porque eu sei que não posso esperar mais.
Eu amo o senhor com toda a minha alma e toda a minha vida.
Ahi tem e estou a chorar.

Maria José

7 de novembro de 2013

Alberto Caeiro, o "guardador de rebanhos".

Temática:

Poeta da Natureza e da simplicidade, é o "Mestre", porque só com simplicidade, sem filosofia e sem abstrações se pode apreender o que nos circunda. Daí que todos, inclusivamente os restantes heterónimos, devam imitar Alberto Caeiro.

 
(Foto minha)

Apresenta-se como um "guardador de rebanhos" e o seu rebanho é as suas sensações". É com os sentidos que apreende a realidade que o circunda: - "eu não tenho filosofia: tenho sentidos..."(sensacionismo).

"Sou um guardador de rebanhos.
O rebanho é os meus pensamentos 
E os meus pensamentos são todos sensações. 
Penso com os olhos e com os ouvidos 
E com as mãos e os pés 
E com o nariz e a boca. "

Rejeita a filosofia, a metafísica, as ciências, em suma, tudo o que apenas serve para deturpar a realidade, a Natureza, tão simples, mas perfeita e, por isso mesmo divina (panteísmo): “Mas se Deus é as árvores e as flores/ E os montes e o luar e o sol,/ Para que lhe chamo eu Deus?”

Linguagem, estilo e forma:

A linguagem e estilo são simples, quase infantis: polissíndetos, anáforas, paralelismos;
-Uso de silogismos(para fingir que não pensa é preciso pensar...): "mas se Deus é as árvores e as plantas... porque lhe chamo eu Deus? chamo-lhe árvores...";
-Sinestesias: mistura de sensações;
-Comparações e metáforas: "Para mim pensar nisso é fechar os olhos/E não pensar. É correr as cortinas/ Da minha janela..."

As estrofes têm um número variável de versos, a métrica também é variável e não usa rima: verso branco: "Não me importo com as rimas. Raras vezes /Há duas árvores iguais, uma ao lado da outra."

5 de novembro de 2013

Os heterónimos de Fernando Pessoa: o rosto e as máscars.

Autoria desconhecida. Foto minha ,da ARCO, 2010.
David Mourão-Ferreira disse, da criação heteronímica  de Fernando Pessoa, que " a arte de ser, a arte de sentir, a arte de viver é sempre assumida como uma espécie  de 'máscara'; e, quanto  aos  figurantes que as ostentam, eles dão-nos ao mesmo tempo, a  sensação de falar cada um para seu lado e de estarem continuamente a responder uns  aos outros."

in O Rosto  e as Máscaras

E Fernando Pessoa, na carta que  escreve a Adolfo Casais Monteiro, caracteriza assim os seus heterónimos (principais):

"Pus no Caeiro todo o meu poder de despersonalização dramática, pus em Ricardo Reis toda a minha disciplina mental, vestida da música que lhe é própria, pus em Álvaro de Campos toda a emoção que não dou nem a mim nem à vida". (sublinhados meus)

24 de outubro de 2013

Atos de fala


Atos de fala:

*      Os atos de fala podem ser:

§  Locutórios-produção de um enunciado;

§  Perlocutório- efeito de um enunciado no interlocutor (exemplos: avisar, assustar, convencer, persuadir, etc)

§  Ilocutório- intenção do locutor ao proferir determinado enunciado ( por exemplo: Fumar é prejudicial à saúde.
 
Tipologia dos atos ilocutórios:

Tipos
Objetivos ilocutórios
Atos possíveis/
Marcas linguísticas
Exemplos
Assertivos
·          Demonstram a relação entre o locutor e a verdade do que enuncia.
·          Afirmar, sugerir,colocar uma hipótese...
·          Predomínio de frases de tipo dclarativo.
·          (Considero que) Cesário Verde é um grande poeta da literatura portuguesa.
·          Acho que tu não tens razão.
Diretivos
·          O locutor pretende lever o interlocur a fazer ou a dizer alguma coisa.
·          Ordenar, pedir, suplicar, avisar, convidar, requerer...
·          Frases de tipo imperativo e interrogativo.
·          Quando saíres, fecha a porta, por favor!
·          Não queres pensar no assunto?
Compromissivos
·          O locutor demonstra a intenção de resliazar uma ação futura.
·          Comprometer-se, prometer, garantir, jurar, asseverar, ameaçar...
·          Predomínio do futuro do indicativoou outro tempo /conjugação verbal com o mesmo valor.
·          Assim que tiver tempo, vou viajar.
·          Serei sempre teu amigo.
Expressivos
·          O locutor exprime um estado/espirito psicológico face ao que enuncia.
·          Agradecer, congartular-se, desculpar-se, felicitar, compadecer-se.
·          Predomínio de frases do tipo exclamativo; emprego do modo conjuntivo.
·          O dia está lindo!
·          Lamento que não tenhas conseguido!
Declarativos (declarações)
·          O locutor, cujo estatuto é reconhecido pelo(s) interlocutor(es), enuncia verbalmente um novo estado das coisas.
·          Batizar, casar, abrir,/encerrar uma sessão, condenar/absolver...
·          Predominio de frases de tipo  de declarativo.
·          Declaro-vos marido e mulher.
·          Está encerrada a reunião!