2 de março de 2010

O Rosto e as Máscaras: Fernando Pessoa e Heterónimos



David Mourão-Ferreira disse da criação heteronímica  de Fernando Pessoa que " a arte de ser, a arte de sentir, a arte de viver é sempre assumida como uma espécie  de 'máscara'; e, quanto  aos  figurantes que as ostentam, eles dão-nos ao mesmo tempo, a  sensação de falar cada um para seu lado e de estarem continuamente a responder uns  aos outros."

in O Rosto  e as Máscaras

E Fernando Pessoa, na carta que  escreve a Adolfo Casais Monteiro, caracteriza assim os seus heterónimos (principais):

"Pus no Caeiro todo o meu poder de despersonalização dramática, pus em Ricardo Reis toda a minha disciplina mental, vestida da música que lhe é própria, pus em Álvaro de Campos toda a emoção que não dou nem a mim nem à vida". (sublinhados meus)

(fotografia da minha autoria)


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